quarta-feira, 28 de maio de 2014

Re (duzir + utilizar + ciclar)

Por Railma Medeiros
Técnica em controle ambiental pelo IFRN, aluna do curso de bacharelado em Ciência e Tecnologia pela UFRN e bolsista do projeto Reutilizar é Bem Melhor!



A palavra "lixo" é empregada para traduzir qualquer coisa imprestável na sociedade, tudo aquilo que é descartado por não nos ter mais alguma serventia. É normal que isso aconteça, já que nada é feito para durar eternamente, entretanto, o problema tem se fundamentado nas proporções em que ocorrem os descartes e na falta de medidas que mitiguem o problema gerado por resíduos no Brasil, que é hoje o quinto maior produtor mundial de lixo. Em 2012, produzíamos 61 milhões toneladas de lixo anualmente, em 2014 já produzimos 2 milhões de toneladas a mais e a previsão é de que estes números continuem a crescer. Infelizmente, a nossa falta de sensibilidade e consciência cresce exponencialmente, além disso, não são desenvolvidas políticas públicas consistentes pelos governantes a respeito do tema. Tratando-se somente de lixo eletrônico, os dados também são assustadores: entre os países emergentes, o Brasil é o maior produtor. Estima-se que, até 2015, cada brasileiro produzirá 8kg de lixo eletrônico por ano! Parece pouco? Multiplique por 198,7 milhões de pessoas (atual população). Estudos apontam que em 2017, o volume desse tipo de resíduo aumentará 33% em todo mundo. 
Fonte da imagem

Para que a situação atual possa ser alvo de mudanças é prioritário que haja uma reeducação e maiores investimentos governamentais nas cooperativas de catadores pois, graças a essas pessoas, mais da metade de resíduos como papel/papelão e latinhas são reciclados no Brasil. Quanto à reeducação, faz-se necessária porque para que haja reciclagem, tem que haver a separação do lixo previamente. O problema que envolve o lixo eletrônico é preocupante, pois o Brasil é carente de empresas que realizem a reciclagem desse tipo de resíduo e, na grande maioria das vezes, esse resíduo acaba indo para outros países. Não faz sentido, mas o Brasil paga para que outros países reciclem esse tipo de lixo em vez de fazê-lo.

O lixo pode ter diversas origens: residencial, industrial, hospitalar, comercial e radioativo. Os resíduos produzidos na UFRN são um misto entre os de origem comercial (peças metálicas, papeis, papelão, sacos plásticos, embalagens) e residencial (garrafas latas, papeis, entulho, restos de alimentos etc.), além de um número relevante de lixo eletrônico. A coleta seletiva dentro da universidade acontece, o problema aqui está no descarte equivocado e prematuro  de bens materiais, que viram lixo muito antes de realmente serem. Temos trabalhado na perspectiva de contribuir para a mudança da visão atual da comunidade acadêmica e administrativa do campus. É um "trabalho de formiguinha", nosso principal objetivo é promover a reutilização de todas essas coisas que, se pudessem falar, implorariam para não serem jogadas fora. 






Um comentário:

  1. O site está kd ve melhor! Sugiro colocar imagens de impacto tb, visando conscientizar a comunidade sobre o resultado do lixo gerado em razão de um consumo fora de controle.

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