sexta-feira, 25 de abril de 2014

UFRN em ritmo de ostentação?

O sujeito predominante nas relações socioeconômicas em todo o mundo é o sistema capitalista, que, para o bem ou para o mal, transformou a forma de consumo e as relações interpessoais após a revolução industrial. De modo geral, se por um lado o paradigma capitalista motiva o avanço das tecnologias que beneficiam a vida do homem, por outro dissemina a ideia de que as pessoas são melhores à medida que têm maior poder de consumo. E esse consumismo, sem planejamento, agride o meio ambiente e torna insustentável a vida na terra.  

Esse contexto faz lembrar a situação de um estilo da música popular brasileira que vem sendo muito criticado. Batizado de "funk ostentação", pode-se dizer que se trata de um segmento do funk que não protesta nem fala de violência, tampouco de pobreza, pelo contrário, as letras fazem alusão ao luxo, ao dinheiro e ao poder. Os ídolos e fãs desse ritmo usam roupas extravagantes, correntes de ouro, tênis e bonés de marcas caras e descartáveis, o que é uma grande contradição, pois, esses jovens, em sua maioria, vêm da periferia pobre das grandes cidades.


Fonte: Google imagens

Mas o que o consumismo exacerbado e o contestado estilo musical tem a ver com a UFRN? Pois bem, quando nos deparamos todos os dias com a incrível quantidade de móveis e equipamentos em condições de uso (mesmo que não seja para o fim originalmente proposto) simplesmente descartados ao relento pela comunidade acadêmica ficamos imaginando que estamos diante de uma instituição que seus integrantes, à luz do paradigma capitalista, parecem estar aderindo a moda do funk ostentação. Afinal, apesar de fazer jus ao título de melhor universidade do norte-nordeste, a UFRN ainda tem um longo caminho a percorrer para ajudar a elevar os índices de qualidade de vida em nossa região através do ensino, pesquisa e extensão. Devemos, então, buscar a excelência. Para isso, a eficácia dos gastos é imprescindível. Além de que, o desenvolvimento de ações planejadas e sustentáveis, é claro, minimiza a degradação do meio ambiente. 

No projeto, presenciamos diariamente equipamentos em perfeito estado serem tratados como lixo de maneira equivocada para, posteriormente - após exposição a sol e chuva - virarem lixo. Como estas cadeiras: 




Esta ostentação, entretanto, não tem justificativas. Temos a oportunidade do conhecimento, sabemos que danos estamos causando ao mandar para o descarte materiais assim:



É para ajudar a mudar essa realidade, que o projeto "Reutilizar É Bem Melhor" surgiu. É importante que mais pessoas abracem essa causa. Para isso, contamos com vocês. 


Os setores da UFRN e outras instituições, que se encaixem na legislação específica, interessados nos equipamentos e em nosso projeto devem nos contatar pelo telefone 3215-3329, pelos e-mails  rebem.ufrn@gmail.com e reutilizar@dmp.ufrn.br ou através do nosso perfil no facebook.

3 comentários:

  1. “o avanço para uma sociedade sustentável é permeado de obstáculos, razão pela qual a educação ambiental é condição necessária para possibilitar a ruptura de hábitos nocivos e a modificação do atual e crescente quadro de deterioração socioambiental”. (JACOBI, 2003) (p/ Dacifran)

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  2. Dessa forma. solicito o envio desses materiais para o meu departamento (Departamento de Engenharia de Computação e Automação - DCA). Essa cadeira lá seria tratado com artigo de luxo. A sala de estudos possui cadeiras velhas, de plástico, com rodas quebradas, encostos quebrados e as de plástico se abrem com o peso de uma pessoa magra.

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    1. Matheus, ficamos felizes pelo seu interesse. É necessário que um servidor do seu departamento solicite esse equipamento através de um memorando. Para mais informações, entre em contato conosco através do e-mail do projeto (rebem.ufrn@gmail.com).

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