O sujeito predominante nas relações
socioeconômicas em todo o mundo é o sistema capitalista, que, para o bem ou
para o mal, transformou a forma de consumo e as relações interpessoais após a
revolução industrial. De modo geral, se por um lado o paradigma capitalista motiva
o avanço das tecnologias que beneficiam a vida do homem, por outro dissemina a
ideia de que as pessoas são melhores à medida que têm maior poder de consumo. E
esse consumismo, sem planejamento, agride o meio ambiente e torna insustentável
a vida na terra.
Esse contexto faz lembrar a situação de um estilo da música popular
brasileira que vem sendo muito criticado. Batizado de "funk ostentação", pode-se
dizer que se trata de um segmento do funk que não protesta nem fala de
violência, tampouco de pobreza, pelo contrário, as letras fazem alusão ao luxo,
ao dinheiro e ao poder. Os ídolos e fãs desse ritmo usam roupas extravagantes,
correntes de ouro, tênis e bonés de marcas caras e descartáveis, o que é uma
grande contradição, pois, esses jovens, em sua maioria, vêm da periferia pobre
das grandes cidades.
Fonte: Google imagens |
Mas o que o consumismo exacerbado e o contestado
estilo musical tem a ver com a UFRN? Pois bem, quando nos deparamos todos os
dias com a incrível quantidade de móveis e equipamentos em condições de uso
(mesmo que não seja para o fim originalmente proposto) simplesmente descartados
ao relento pela comunidade acadêmica ficamos imaginando que estamos diante de uma
instituição que seus integrantes, à luz do paradigma capitalista, parecem estar
aderindo a moda do funk ostentação. Afinal, apesar de fazer jus ao título de melhor universidade
do norte-nordeste, a UFRN ainda tem um longo caminho a percorrer para ajudar a elevar os índices de qualidade de
vida em nossa região através do ensino, pesquisa e extensão. Devemos, então, buscar a excelência. Para isso, a
eficácia dos gastos é imprescindível. Além de que, o desenvolvimento de ações planejadas e sustentáveis, é claro, minimiza a degradação do meio ambiente.
No projeto, presenciamos diariamente
equipamentos em perfeito estado serem tratados como lixo de maneira equivocada
para, posteriormente - após exposição a sol e chuva - virarem lixo. Como estas
cadeiras:
Esta ostentação, entretanto, não tem
justificativas. Temos a oportunidade do conhecimento, sabemos que danos estamos
causando ao mandar para o descarte materiais assim:
É para ajudar a mudar essa realidade, que
o projeto "Reutilizar É Bem Melhor" surgiu. É importante que mais
pessoas abracem essa causa. Para isso, contamos com vocês.
Os setores da UFRN e outras instituições,
que se encaixem na legislação específica, interessados nos equipamentos e em
nosso projeto devem nos contatar pelo telefone 3215-3329, pelos
e-mails rebem.ufrn@gmail.com e reutilizar@dmp.ufrn.br ou
através do nosso perfil no facebook.